quarta-feira, setembro 05, 2007

Nª Sª de Fátima – zona industrial de Aveiro?

O princípio do fim!

Com a aprovação na generalidade do Plano de Urbanização da Cidade de Aveiro (PUCA) são criadas, a poente da Póvoa Valado, mais duas zonas industriais. Está em marcha o processo que levará quintais (na Povoa de Cima serão todos desde o nó da A17 com a EN 235, até ao Agueiro!), terras, vinhas e pinhais a serem transformados em armazéns e, porventura, fábricas de produção e poluição com matérias que ainda é cedo para saber.

É esta a herança que deixaremos para os vindouros na Freguesia de Nª Sª de Fátima: zonas industriais, autoestradas, vias de acesso e nós, caminhos de ferro (ainda falta o traçado do TGV!) aprovados por uns quantos senhores que, tudo leva a crer, por erros de gestão, compram as nossas terras e casas ao desbarato para servir quem? Alguém, no seu perfeito juízo, quer ver a destruição do património natural?

Mais no sentido Norte-Nordeste, segundo notícias recentes que apresentam informações proferidas pelo Presidente da Câmara de Aveiro, o Carrajão poderá vir a receber uma unidade de tratamento mecânico biológico de resíduos – lixo. O vento norte trará até Mamodeiro o cheiro nauseabundo como o de Taboeira. Os camiões carregados de lixo hão-de vir dos concelhos abrangidos pela ERSUC e atravessar Mamodeiro!

Os estudos rigorosos de pormenor sobre estas questões vão, seguramente, empatar-se uns aos outros. Portanto, todos terão o mesmo valor na decisão final: uns disse que sim outros dizem que não. O que se sabe é que, depois de começar, é impossível voltar para trás.

E, numa hipótese bastante ridícula, se tudo é tão inofensivo e amigo do ambiente – como se quer fazer crer – porque é que estes equipamentos não são colocados no centro de qualquer cidade. Pelo menos evitar-se-iam os gastos com as deslocações para a periferia!

Na história das civilizações ocidentais não há nenhum, rigorosamente nenhum, equipamento de serviço público que, não fosse o mau ambiente que provoca a todos os níveis: qualidade de ar, estético, mobilidade urbana, plano habitacional, tráfego, etc, podendo estar no centro é deslocado para a periferia! Depois, ainda mais para a periferia,… isto é, para terras e pessoas que menos incómodo possam provocar!

É urgente acordar para a realidade! Há outras soluções!

Não pode ser a promessa de meia-dúzia de empregos à nossa porta a levar à aceitação da destruição de tudo o que nos rodeia, da nossa memória, a secar os nossos poços, destruição de lençóis freáticos, a matar os nossos campos!

Nª Sª de Fátima precisa de qualidade de vida e tem direito a isso, como todos os cidadãos têm: vias de acesso em boas condições, áreas de lazer, construção sustentável, lençóis de água límpida, pinhal e floresta!

Quando o planeta anseia por alguma reposição da sua mancha verde para equilibrar a poluição, é lamentável ver decisões à nossa porta que condicionarão irremediavelmente o nosso futuro!

Nª Sª de Fátima não pode ficar parada, tem de ser re-inventar como terra e pessoas de carácter, de brio, de verticalidade, e manifestar os seus interesses: o bem comum!

M. Oliveira de Sousa

in Notícias de Nariz e Fátima, Agosto-Setembro de 2007

quarta-feira, agosto 29, 2007

Vende-se Aveiro!?

Acaba de ser aprovado na generalidade o PUCA (plano de urbanização da cidade de Aveiro). Com este plano a cidade ganhou mais uns valentes metros, chega aos limites do concelho?! E houve tempo para discussão pública e tudo!
Pouca gente deu a sua opinião sobre esse esticão para sul.
Porém, algo está mal contado! Não sabemos bem quem vende o que é nosso e nem fala com o dono?!
A quem serve as novas zonas industriais quando ainda não está esgotada a de Taboeira ou de Mamodeiro, por exemplo – fora do PUCA?
Porque é que Aveiro tem de ficar com o lixo da ERSUC?
A cidade de Aveiro, que viu recentemente a sua fama de qualidade de vida ser bem publicitada, passará seguramente a ser uma região a evitar! Será a plataforma intermodal do centro: A17, A1, EN 235, Linha do Norte, TGV, Eixo estruturante para Águeda, zonas industriais, unidade de recepção e transformação do lixo,… tudo ali, ao sul, nas freguesias de Nossa Senhora de Fátima, Requeixo, Oliveirinha,… mas também o ramal ferroviário para o porto de Aveiro!
Alguém está a enganar as populações acenando com empregos à porta de casa a quem fica sem casa para viver onde ser viveu? - pelo menos a viver com alguma qualidade!
Serão os particulares, aquelas povoações que carecem de tudo – é passar por aquelas estradas! – quem vai pagar as obras no centro da cidade?
Quem interesse haverá nesta manta de aluguer e trespasse que está a ficar o concelho de Aveiro?
Chega a parecer que há por aí alguma entidade pública a tentar pagar, com estas aprovações e desbloqueamentos de RAN e REN para afectar à indústria e armazenagem, dívidas a empresas que são credoras de outras empreendimentos! Parece!? Ninguém explica!
Não façam de Aveiro uma espécie de Benfica de Luís Filipe Vieira: promete o campeonato, a Europa e o mundo e não consegue segurar as mais-valias! Vendem-se os anéis, os dedos,… tudo! E no final… “terra queimada”!

M. Oliveira de Sousa

Correio do Vouga, 29 de Agosto de 2007

sábado, abril 07, 2007

Dados da Freguesia

INDICADOR

UNID.

VALOR

Indicadores Genéricos

Área Total (2001)

km2

12.6

Densidade Populacional (2001)

hab/km2

148.42

População Residente HM (2001)

individ.

1870

População Residente H (2001)

individ.

881

População Presente HM (2001)

individ.

1875

População Presente H (2001)

individ.

894

População Presente M (2001)

individ.

981

População Residente M (2001)

individ.

989

Famílias Clássicas Residentes (2001)

629

Famílias Institucionais (2001)

0

Alojamentos Familiares - Total (2001)

755

Alojamentos Familiares - Clássicos (2001)

753

Alojamentos Familiares - Outros (2001)

2

Alojamentos Colectivos (2001)

0

Núcleos Familiares Residentes (2001)

569

Edifícios (2001)

727

Indicadores Demográficos

Nados vivos, HM (2001)

20

Nados vivos, H (2001)

11

Óbitos, HM (2001)

13

Óbitos, H (2001)

7

Agricultura

Superfície agrícola utilizada (SAU) (1999)

ha

196

Superfície agrícola utilizada (SAU) - Por conta própria (1999)

ha

89

Superfície agrícola utilizada (SAU) - Arrendamento (1999)

ha

78

População Agrícola (1999)

individ.

328

Superfície agrícola não utilizada (1999)

ha

6